Para os fãs de alimentos doces, a época de Páscoa não passa sem o consumo de um bom chocolate. Com diferentes tipos de ovos de Páscoa à disposição, bombons nas prateleiras dos mercados, almoços diferentes nos encontros em família e até um vinho para acompanhar as festividades fica fácil exagerar e de certa forma, sobrecarregar o organismo.
Esse excesso da combinação de açúcar, leite em pó, gordura saturada e manteiga de cacau, ingredientes comuns do chocolate, pode causar desde indisposição gástrica – com sintomas clássicos como náusea, vômito, refluxo, gastrite e diarreia – até desequilíbrio da comunidade de bactérias que vivem no intestino (Microbiota Intestinal – MI).
Embora a MI seja altamente variável, alterações em sua composição podem levar a uma desarmonia na atividade das bactérias e interrupção da complexa relação hospedeiro-microbiota. Este desequilíbrio é chamado de disbiose, e está associado a inúmeras condições como:
- Síndrome do intestino irritável (SII);
- Obesidade;
- Diabetes mellitus tipo 2;
- Outras doenças crônicas
A disbiose induzida por uma dieta ocidental, rica em alimentos industrializados e gordurosos, pode ocasionar diversas alterações locais (no intestino) e sistêmicas, entre as quais a interrupção da função da barreira intestinal é bastante preocupante.
A perturbação da barreira intestinal leva a um aumento da permeabilidade intestinal e “vazamento” de metabólitos bacterianos tóxicos na circulação sanguínea, contribuindo para o desenvolvimento de inflamação sistêmica de baixo grau. Em outras palavras, o revestimento do intestino atua normalmente como uma barreira física que impede que bactérias e outras substâncias indesejadas entrem na corrente sanguínea. Na disbiose, essa proteção pode ser danificada ou comprometida, permitindo que algumas bactérias e/ou compostos bacterianos entrem na corrente sanguínea.
Mas o que acontece quando o intestino fica mais permeável?
Quando isso acontece, o sistema imunológico pode reconhecer a bactéria como prejudicial ao organismo e acionar uma resposta imune exagerada, levando à inflamação sistêmica e consequentemente a problemas de saúde.
Para garantir bem-estar e saúde nessa época, e no ano todo, alguns cuidados são necessários!! Entre os quais:
- A adequada ingestão de água
- Consumo de alimentos naturais
- Após sair da rotina alimentar, não tentar compensar com jejum prolongado
- Manter uma rotina de atividade física saudável
- Manter bons hábitos de sono
Podem auxiliar o organismo a “entrar nos eixos novamente”. Além disso, o consumo de probióticos ajuda a restaurar o equilíbrio das bactérias intestinais, melhorar a digestão e aliviar alguns sintomas gástricos e fortalecer o sistema imunológico. Em longo prazo, outros benefícios do uso de probióticos para saúde são comprovados, como apoio a saúde mental – melhorando o humor e reduzindo os sintomas de ansiedade e depressão; melhoram da saúde da pele – reduzindo a gravidade de certas condições como acne e eczema e muitos outros.
É importante salientar que os benefícios dos probióticos podem variar dependendo do indivíduo, do tipo de cepa probiótica escolhida e da condição de saúde específica a ser tratada.
Modular a MI usando probióticos constitui uma importante ferramenta nutricional e/ou farmacêutica para favorecer a saúde. Pensando nisso, a BIOSTATER oferece em seu portifólio probióticos de alta qualidade, e auxilia na escolha de cepas específicas e indicadas de acordo com as necessidades e particularidades dos pacientes.
Referências
- Montagna MT, Diella G, Triggiano F, Caponio GR, De Giglio O, Caggiano G, Di Ciaula A, Portincasa P. Chocolate, “Food of the Gods”: History, Science, and Human Health. Int J Environ Res Public Health. 2019 Dec 6;16(24):4960. doi: 10.3390/ijerph16244960. PMID: 31817669; PMCID: PMC6950163.
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