A distensão abdominal (DA), caracterizada por aumentos pontuais da circunferência abdominal, é uma queixa comum que afeta a qualidade de vida de muitas pessoas, resultando em desconfortos como a sensação de inchaço e dores abdominais. Esse sintoma pode estar relacionado a diversos fatores, como a alimentação inadequada, a mastigação insuficiente, o estado emocional e o equilíbrio da microbiota intestinal (MI). A DA pode ser confundida com outros distúrbios digestivos, entretanto a ciência já aponta caminhos eficazes para amenizá-la e os probióticos têm se destacado nesta área.

Devido ao seu impacto positivo na MI, certas cepas probióticas — como Streptococcus thermophilus BT01, Bifidobacterium breve BB02, Bifidobacterium longum BL03, Bifidobacterium infantis BI04, Lactobacillus acidophilus BA05, Lactobacillus plantarum BP06 e Lactobacillus paracasei BP07 — se mostraram eficazes na redução da DA e desconfortos abdominais, podendo agir de diversas formas:

• Participam do processo de digestão, auxiliando na degradação de alimentos que poderiam ser fermentados de maneira excessiva no intestino, reduzindo a produção de gases;
• Regulam o trânsito intestinal, reduzindo o acúmulo de gases no intestino;
• Estimulam a produção de ácidos orgânicos, que favorecem o crescimento de bactérias com potencial anti-inflamatório;
• Reduzem a permeabilidade da parede intestinal, evitando que substâncias com potencial inflamatório causem inflamações e desconfortos abdominais.

Estudos apontam que o uso regular de probióticos, mediante prescrição profissional individualizada, pode promover uma MI mais saudável, resultando na menor formação e acúmulo de gases e, por consequência, na redução da DA.

Além disso, a relação entre a MI e o sistema nervoso, conhecida como eixo intestino-cérebro, também pode ser relevante no contexto da DA. Quando o indivíduo está estressado, seu intestino pode responder com alterações de motilidade e sensibilidade, o que pode agravar o sintoma. Os probióticos, em especial os chamados “psicobióticos” — cepas que têm impacto positivo sobre o eixo intestino-cérebro —, podem auxiliar na modulação da resposta ao estresse, aliviando sintomas digestivos relacionados aos fatores psicoemocionais. Em outras palavras, probióticos como Lactobacillus rhamnosus HN001 têm demonstrado potencial para reduzir o estresse percebido, ajudando a atenuar seu impacto na saúde digestiva.

A DA, embora complexa, pode ser amenizada com uma abordagem complementar, que inclui uma mastigação mais lenta e consciente para facilitar a função digestiva e cuidados específicos da alimentação, que devem ser prescritos após uma avaliação nutricional completa. Os estudos que envolvem os probióticos se mostram como caminhos promissores para quem busca aliviar desconfortos abdominais, promovendo um intestino mais saudável e maior sensação de bem-estar.

Referências

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