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Como os probióticos podem melhorar a saude do seu fígado

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 Como os probióticos podem melhorar a saude do seu fígado

A maior glândula do corpo é o fígado. Ele desempenha mais de 500 funções vitais ao corpo, como o metabolismo e armazenamento de nutrientes, processamento de toxinas, produção de substâncias essenciais ao funcionamento celular, regulação da coagulação sanguínea, entre outras.

Diversas doenças do fígado, como a esteatose hepática, hepatite e cirrose, possuem um processo patológico semelhante, o qual leva o órgão à necessidade de reparos. A saúde do intestino parece desempenhar um papel importante nesse aspecto e, desta relação, surgiu o termo “eixo intestino-fígado”, que se refere à influência do intestino e da microbiota intestinal (MI) sobre a saúde hepática. Assim, diversos estudos sugerem que a permeabilidade da barreira intestinal, os metabólitos gerados pela MI e a translocação bacteriana influenciam na progressão das doenças hepáticas.

Eixo intestino-fígado. Fonte: https://doi.org/10.1016/j.jhep.2019.10.003

Através da veia porta, o fígado é constantemente exposto a componentes bacterianos e produtos da MI, como é o caso do lipopolissacarídeo (LPS), que é um componente presente na parede celular de bactérias gram-negativas capaz de estimular respostas inflamatórias. Além disso, os metabólitos da MI, como os ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) e ácidos biliares, afetam o metabolismo do hospedeiro e o sistema imunológico, podendo influenciar indiretamente na integridade do fígado.

Recentemente, pesquisas científicas têm demonstrado que os probióticos, conhecidos inicialmente por seus benefícios à saúde intestinal, também podem desempenhar um papel significativo na melhora da saúde do fígado.

Um estudo duplo-cego, randomizado e controlado por placebo foi realizado na Alemanha com o objetivo de avaliar uma possível associação da suplementação de simbióticos com a melhora das enzimas hepáticas. O estudo foi feito com participantes metabolicamente saudáveis que receberam um mix de cinco cepas probióticas (Bifidobacterium lactis, Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus casei, Lactobacillus salivarius e Lactococcus lactis) e inulina por 7 semanas. A intervenção resultou na redução da concentração de ALT (enzima associada à função hepática), sugerindo um impacto positivo dos simbióticos na prevenção de doenças relacionadas ao fígado.

Em outro estudo, realizado com pacientes diagnosticados com cirrose por hepatite B, foi avaliado se a suplementação de Lactobacillus paracasei N1115, L. plantarum, B. bifidum, L. acidophilus e frutooligossacarídeos seria eficiente como tratamento complementar da doença. Após 3 meses de administração dos probióticos, a incidência de ascite (acúmulo de líquidos na região abdominal) e os níveis de endotoxinas foram significativamente menores entre os pacientes que receberam a suplementação, indicando que a gravidade da doença hepática foi menor no grupo de intervenção do que no grupo placebo.

Sendo assim, os probióticos se mostram como uma abordagem promissora para a melhora da função hepática e a suplementação de cepas específicas pode ser uma maneira eficaz de apoiar a saúde do fígado e melhorar a qualidade de vida.

Todas as cepas probióticas aqui citadas fazem parte do portfólio da Biostater.

Referências

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